Essa quadrinha diz muito sobre o símbolo do terreiro não apenas como locus de realização de festejos, mas também de espaço de decisão, afeto e comunhão. Muito conhecida pelo povo de santo, a cantiga ao toque do couro fica ainda mais emocionante. Foi através desses versinhos cantados com a voz intermitente, expressando exaustão, que a a anfitriã nos recebeu em sua sala. Segundo ela, essa é a sua “cantiga de frente”. Negra retinta de 85 anos, dona Idalina, como é conhecida, começou a arar esse terreno ainda muito nova.

“Não entrei no Jarê por boniteza ou vaidade. Cumpri as ordens de Deus e de Ogum de Lei. Não vi a hora que entrei, quando me dei fé já estava dentro. Atendi ao chamado para fazer as rodas de samba”, afirma a mãe de santo. Quem a orienta desde sempre é Ogum de Lei, ancestral da matriz iorubá, associado à guerra e ao fogo e aplicador da lei de Xangô, orixá da justiça. Sua jornada nesse caminho se dá há mais de 75 anos. Introduzida ainda criança, ela primeiro trabalhou com rezas, mas logo as forças aumentaram e os trabalhos com todos os elementos do Jarê foram consolidados.

Pela missão à qual foi incumbida, iniciou um movimento de povoamento religioso em outros municípios devido a sua numerosa prole de filhos de santo. E quanto a isso ela se orgulha. “Tenho filho de santo em São Paulo, em Salvador, em Feira de Santana. Nesses lugares todos eu Idalina Sales Barbosa, 85 anos tenho filho de santo”, afirma com ar de missão cumprida.

Autor: Wendal do Carmo Reprodução: Internet / jare.redelivre.org.br .

A Lei Aldir Blanc - Andaraí foi e está sendo executada de forma transparente em todos os seus procedimentos legais, precedida por uma ampla divulgação nas redes sociais, quanto aos processos de regulamentação (decretos, normativas), mapeamento das informações e indicadores culturais / cadastramento em formulários específicos, realização de oficinas de elaboração de propostas e prestação de contas e, posteriormente, a devida publicação do processo de seleção e convocação dos beneficiários. Os projetos aprovados nos Editais correspondentes ao inciso II, a saber: Edital/ Prêmio 01/2020 - Orlando Gomes de Oliveira direcionado às Comunidades Tradicionais, povos de terreiro e manifestações da cultura tradicional e, também, do Inciso III - Editais/ Prêmios 02 e 03 - Licia Maciel Neves e Paulo Sérgio dos Santos "Jorge Marujo" estão sendo executados e podem ser vistos em diversos formatos nas redes e midias sociais, a exemplo: @cultura.andarai2021 @leialdirblancandarai #LeiAldirBlanc​​ #MTur​​ #Secult​​ #culturaquemovimenta​​ Foram 33 projetos empenhados e distribuídos nos Editais prêmios do Inciso II e III da Lei Aldir Blanc em Andaraí, perfazendo um total de R$77.377, 13 , cujos valores giraram em de R3.000, 00 a 2.000,00 para os coletivos culturais e R$1.500,00 a R$1.000,00 para pessoas fisicas com projetos individuais